Há um intervalo entre
o tempo de pegar no sono e o dormir, que reservo um tempo só pra mim, um intervalo consideravelmente
longo diante de tantas perguntas sem respostas, medos, desejos, sonhos... Mas há
noites especiais, um pouco mais perturbadas, que são as noites que por algum
motivo desconhecido, eu acordei precisando de um carinho a mais, de um abraço
apertado, um elogio, uma surpresa... Embora eu não me importe com a atenção de
muitas pessoas, nesse dia, eu até faço uma graça a procura de uma forma de
dizer, “eu também estou por aqui, eu existo”... E nesses dias, eu acabo
exigindo demais das pessoas que diariamente fazem até mais que o necessário por
mim, um dia que eu deixo de enxergar as pequenas coisas e peco por querer
sempre uma “pitadinha” a mais de carinho... E nesses dias, é difícil, mas passo
as horas que teimam em não passar, justamente porque estou em um desses dias, esperando
por aquele momento reservado só pra mim... E quando esse momento chega, afogo
meu pobre travesseiro nas lágrimas que eu mesma não consigo explicar direito de
onde vem, mas não me culpo por me sentir assim, é difícil pensar que não temos
nada por inteiro, nem nós mesmos, porque uma boa parte de nós é doada aos
outros... É difícil conviver com isso... Eu acho...
Nesses dias, sinto uma falta incomum de
coisas que eu nem tenho, e é nessa falta que eu encontro um grande enigma, ora
bom... ora ruim... Meio bipolar... Que é a tal da solidão... A sensação, é de
estar perdendo aos poucos alguma coisa, mas o quê? Talvez seja medo de perdê-las por inteiro... Eu não sei, agora, que estou com sono, talvez
já não seja mais hora de pensar nisso, e vou fechando e abrindo os olhos que já
não choram mais... Amanhã será mais uma segunda chance... Amanhã, vai ficar
tudo b...
...
2 comentários:
Ser ou não ser?
That is the question!
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