quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Prenúncio

Um sufoco
Por um presságio 
de um
                            suspiro aflito

Não se exalte
sentimentos submetidos
desequilibram, mas
amortecem quedas
                           em prenúncios



Helena Lelli

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Avesso

Se o avesso do fim 
é o começo
E o avesso do começo
é o fim
Qual é o meu avesso?

O Incontestável

Memórias rasas,
Aconteceu, anoiteceu,
Celestiais estrelas que
Orbitam iluminando e
Não se importam se
Há guerra, elas pedem por
Amor, amor e amor

Motivação

A nossa motivação não pode depender do nosso humor, é preciso estar motivado independente de estar feliz ou triste. Não importa o que é bom ou o que é ruim, a motivação deve vir das suas razões de fazer o que você precisa fazer.

Quem sou eu?

     Eu sou aquela que questiona sem que haja mais qualquer dúvida. Sou menina polar, sempre entre paz e guerra. E sou também menina de contradições por isso pertenço mais à minha guerra do que à minha paz.
     Não posso dizer que sou feliz nem que sou triste. Sou menina marcada. Menina encantada, não há nada que não valha nada. A beleza das coisas existe e eu sou a menina que percebe a beleza das coisas na natureza de ser o que são. Ser, seja lá o que for é único, portanto, é uma dádiva. Sou menina sentida, iludida, que sonha demais, pensa e reverbera tudo aquilo que possa iluminar. Sou menina de querer a atenção do mundo... Ah que exigente... Mas às vezes, ser notada já é o suficiente. 
     Sou menina sozinha, só minha. Aprendi a nadar no marejar dos olhos, tristes, cansados, emocionados, desesperados... Naturalmente ou acidentalmente sou. Sou menina, sou encanto, sou visão, sou a personificação da questão, sou polar, sou expansão, sou solidão, sou sonho... Sou menina, menininha, mulher... Seja lá o que for sou essencialmente eu.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Minha inexplicável vida

Minha inexplicável vida pode ser resumida com insuficientes palavras rasas, resumo minha vida olhando e comparando-a ao mar. 
O mar é a representação de uma vida na qual eu posso estar inserida e não o contrário. O mar é de lua, é de fases. 
O mar ja tentou me afogar, no mar agitado as pessoas tem medo de entrar, no mar agitado fica tudo bagunçado. No mar calmo as pessoas amam ficar, mas mesmo em dias de calmaria o ir e vir das ondas não para nunca, intermitentemente até que não haja mais mar, apesar dos tempos de calmaria sempre haverá ondas indo e vindo. 
Minha vida é inacreditavelmente profunda, e nela existem coisas que nem eu mesma conheço, e não conheço quase nada que não esteja no raso. Não só eu como algumas pessoas muito corajosas procuram descobrir o que há nessa imensidão azul. Minha vida é alguns nuances de azul se descobrindo, se encontrando e se fundindo em um horizonte relativo.
Minha vida é um horizonte relativo. Minha vida é o ir e vir das ondas do mar. 
Minha vida é de lua

sábado, 25 de abril de 2015

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Há momentos

            Há um intervalo entre o tempo de pegar no sono e o dormir, que reservo um tempo só pra mim, um intervalo consideravelmente longo diante de tantas perguntas sem respostas, medos, desejos, sonhos... Mas há noites especiais, um pouco mais perturbadas, que são as noites que por algum motivo desconhecido, eu acordei precisando de um carinho a mais, de um abraço apertado, um elogio, uma surpresa... Embora eu não me importe com a atenção de muitas pessoas, nesse dia, eu até faço uma graça a procura de uma forma de dizer, “eu também estou por aqui, eu existo”... E nesses dias, eu acabo exigindo demais das pessoas que diariamente fazem até mais que o necessário por mim, um dia que eu deixo de enxergar as pequenas coisas e peco por querer sempre uma “pitadinha” a mais de carinho... E nesses dias, é difícil, mas passo as horas que teimam em não passar, justamente porque estou em um desses dias, esperando por aquele momento reservado só pra mim... E quando esse momento chega, afogo meu pobre travesseiro nas lágrimas que eu mesma não consigo explicar direito de onde vem, mas não me culpo por me sentir assim, é difícil pensar que não temos nada por inteiro, nem nós mesmos, porque uma boa parte de nós é doada aos outros... É difícil conviver com isso... Eu acho...
         Nesses dias, sinto uma falta incomum de coisas que eu nem tenho, e é nessa falta que eu encontro um grande enigma, ora bom... ora ruim... Meio bipolar... Que é a tal da solidão... A sensação, é de estar perdendo aos poucos alguma coisa, mas o quê? Talvez seja medo de perdê-las por inteiro...  Eu não sei, agora, que estou com sono, talvez já não seja mais hora de pensar nisso, e vou fechando e abrindo os olhos que já não choram mais... Amanhã será mais uma segunda chance... Amanhã, vai ficar tudo b...
         ...
            

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Um caso por acaso

Foi numa sexta-feira ou talvez num sábado, não sei se foi por acaso que eu encontrei você ou se foi o acaso que me apresentou a você, mas acho mais provável que o acaso tenha me apresentado a você, simplesmente porque acho que esse acaso não é tão por acaso assim... E de uma série de acontecimentos por acaso a gente criou um caso, um caso desses de cinema, de livro... Um caso alucinante, cheio de acontecimentos inexplicáveis e que foram tão marcantes, meio embaralhados e com algumas atrapalhações... Mas um caso a parte, uma exceção, ninguém acreditou no nosso caso, e por vezes até nós deixamos de acreditar, mas nesse caso não tinha o que fazer, era o melhor acaso de nossas vidas, e era tentador saber qual seria a próxima página da nossa história... Esse caso é sempre surpreendente e eu não me canso de lembrar o quanto foi lindo a trajetória desse acaso para por acaso chegarmos até aqui... Olhar pra trás e sorrir é quase que inevitável, e saiba que esse caso só existe porque têm você, e porque tem eu... E isso é óbvio, agora, esse caso só é lindo porque tem eu... e porque tem você...